Estudos sobre transcodificação numérica: revisão de literatura

Mariele Grösz; Beatriz Vargas Dorneles

doi:10.51207/2179-4057.20250020

Autores

Mariele Grösz Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Beatriz Vargas Dorneles Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.51207/2179-4057.20250020

Palavras-chave:

Educação, Matemática, Transcodificação, Revisão

Resumo

O presente estudo teve como objetivo delinear o contexto de pesquisas brasileiras já existentes sobre habilidades associadas à transcodificação numérica (habilidade de tradução de uma representação numérica à outra), a fim de verificar seus principais enfoques e diferenças em relação a pesquisas internacionais. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura nacional sobre transcodificação, utilizando como bases de dados a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD), o Portal de Periódicos CAPES, o Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC) e a Scientific Eletronic Library Online (SciELO). A busca foi realizada em janeiro de 2021, a partir das palavras-chave “transcodificação” e “numérica”, sem data limite. Ainda, foi realizada busca manual no site do Laboratório de Neuropsicologia do Desenvolvimento da Universidade Federal de Minas Gerais (LND-UFMG). A revisão culminou na seleção de 11 artigos e sete trabalhos acadêmicos (teses e dissertações) publicados entre 2010 e 2020. Os resultados da revisão explicitaram a prevalência de pesquisas sobre transcodificação com estudantes dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As pesquisas brasileiras apresentaram semelhanças e diferenças quando comparadas a estudos internacionais: em ambas, as realidades a memória de trabalho e as habilidades linguísticas apareceram na transcodificação, porém, dependendo da língua, ganharam maior ou menor destaque. Nas pesquisas também apareceu a sugestão de avaliação da transcodificação para identificação de dificuldades de aprendizagem na matemática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariele Grösz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Mestra em Educação;; Faculdade de Educação (Faced).

Beatriz Vargas Dorneles, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil

Docente aposentada convidada do Programa de Pós-Graduação em Educação; Faculdade de Educação (Faced).

Referências

Avila, L. A. B., & Lara, I. C. M. (2020). A Transcodificação Numérica em Crianças com Indícios de Discalculia do Desenvolvimento. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 13(1), 29-56. https://doi.org/10.5007/1982-5153.2020v13n1p29

Barrouillet, P., Camos, V., Perruchet, P., & Seron, X. (2004). ADAPT: A developmental, asemantic, and procedural model for transcoding from verbal to Arabic numerals. Psychological Review, 111(2), 368-394. https://doi.org/10.1037/0033-295X.111.2.368

Baddeley, A. (2000). The episodic buffer: a new component of working memory? Trends in Cognitive Science, 4(11), 417-423. https://doi.org/10.1016/S1364-6613(00)01538-2

Baddeley, A. D, & Hitch, G. J. (1974). Working Memory. In G. H. Bower (Ed.), The psychology of learning and motivation (pp. 47-91). Academic Press.

Deloche, G., & Seron, X. (1982). From one to 1: An analysis of transcoding process by means of neuropsychological data. Cognition, 12(2), 119-149. https://doi.org/10.1016/0010-0277(82)90009-9

Deloche, G., & Seron, X. (1987). Numerical transcoding: A general production model. In G. Deloche, & X. Seron (Eds.), Mathematical disabilities: A cognitive neuropsychological perspective (pp. 137-179). Lawrence Erlbaum.

Dias, S. M. S. (2015). Registros numéricos de crianças do 2º ano do ensino fundamental: diversidade e relações. [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Ceará]. https://repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/16215/1/2015_dis_smsdias.pdf

Freitas, N., Ferreira, F. O., & Haase, V. G. (2012). Aspectos linguísticos envolvidos na habilidade de transcodificar entre diferentes representações. Ciências & Cognição, 17(1), 2-15. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/cc/v17n1/v17n1a02.pdf

Power, R. J. D., & Dal Martello, M. F. (1990). The dictation of Italian numerals. Language and Cognitive Processes, 5(3), 237-254. https://doi.org/10.1080/01690969008402106

Silva, P. A., & Santos, F. H. (2011). Discalculia do Desenvolvimento: Avaliação da Representação Numérica pela ZAREKI-R. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(2), 169-177. https://doi.org/10.1590/S0102-37722011000200003

Teixeira, R. M., & Moura, R. J. (2020). Arabic number writing in children with developmental dyslexia. Estudos de Psicologia, 37, e180179. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e180179

Teixeira, R. M. (2019). Transcodificação numérica e processamento fonológico em crianças com dislexia do desenvolvimento. [Dissertação de mestrado, Universidade de Brasília]. https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/35704/1/2019_RenataMonteiroTeixeira.pdf

Zuber, J., Pixner, S., Moeller, K., & Nuerk, H. C. (2009). On the language specificity of basic number processing: transcoding in a language with inversion and its relation to working memory capacity. Journal of Experimental Child Psychology, 102(1), 60-77. https://doi.org/10.1590/1982-0275202037e180179.