O uso de tecnologias no transtorno específico de aprendizagem

Autores

  • Raimundo José Macário Costa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil
  • Emmy Uehara Pires Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.51207/2179-4057.20250025

Palavras-chave:

Intervenção, Dislexia, Tecnologia Computacional, Neurociência

Resumo

O Transtorno Específico de Aprendizagem possui origem neurobiológica, caracterizada, principalmente, por dificuldade no reconhecimento da palavra, na habilidade de decodificação e soletração. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão sistemática dos estudos sobre intervenções em crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem que utilizam tecnologia computacional disponibilizados nos últimos dez anos nas bases de dados SciELO, PePSIC-BVS, APA, ERIC e Medline/PubMed. Conforme a metodologia PRISMA, a partir dos critérios de inclusão/exclusão foram selecionados e analisados 13 artigos. Nos estudos selecionados, apenas crianças e adolescentes entre 6 e 12 anos participaram das pesquisas, variando de um até 600 participantes. Englobavam o treinamento de deficiências na leitura, como compreensão e precisão, reconhecimento de grafemas e fonemas, e ortografia, com sessões que variavam de um a três meses. Nenhum estudo contemplou estratégias de transferência e generalização da habilidade, e apenas três realizaram acompanhamento (follow-up). No entanto, todos os estudos revisados demonstraram resultados positivos nas intervenções em Transtornos Específicos de Aprendizagem, seja com desenvolvimento típico ou atípico. Deste modo, os treinos em crianças e adolescentes com Transtornos do Neurodesenvolvimento se mostraram particularmente interessantes para o avanço do aluno em sua vida acadêmica e cotidiana.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Raimundo José Macário Costa, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil

Doutor em Psicologia pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Docente do Curso de Graduação em Computação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Emmy Uehara Pires, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil

Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Docente do Curso de Graduação e do Programa de Mestrado e Doutorado em Psicologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).

Referências

APA/DSM. (1995). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV (4ª ed.). Artes Médicas.

APA/DSM. (2014). American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – DSM-V (5ª ed.). Artmed.

American Psychological Association (APA). (2011). Guidelines for Assessment of and Intervention with Persons with Disabilities. American Psychologist, 67(1), 43-62. http://dx.doi.org/10.1037/a0025892

Capellini, S. A., Oliveira, A. M., & Pinheiro, F. H. (2011). Eficácia do programa de remediação metafonológica e de leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 16(2), 189-197.

Catania, A. C. (1999). Apredizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição (4a ed., D. G. Souza, Trad.). Artes Médicas Sul.

Chiang, H. Y., & Liu, C. H. (2011). Evaluation of the benefits of assistive reading software: perceptions of high school students with learning disabilities. Assistive Technology: the Official Journal of RESNA, 23(4), 199-204. http://dx.doi.org/10.1080/10400435.2011.614673

Cortese, S., Ferrin, M., Brandeis, D., Buitelaar, J., Daley, D., Dittmann, R. W., Holtmann, M., Santosh, P., Stevenson, J., Stringaris, A., Zuddas, A., Sonuga-Barke, E. J., & European ADHD Guidelines Group (EAGG) (2015). Cognitive training for attention-deficit/hyperactivity disorder: meta-analysis of clinical and neuropsychological outcomes from randomized controlled trials. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 54(3), 164-174. https://doi.org/10.1016/j.jaac.2014.12.010

El Kah, A., & Lakhouaja, A. (2018). Developing effective educative games for Arabic children primarily dyslexics. Education and Information Technologies, 23(6), 2911-2930. https://doi.org/10.1007/s10639-018-9750-2

Eren, B. (2017). Music and Dyslexia: The Therapeutic Use of Instrument (Piano) Training with a Child with Dyslexia (A Case Study). Journal of Education and Practice, 8(23), 97-108. http://www.iiste.org

Pfenninger, S. E. (2015). MSL in the digital ages: Effects and effectiveness of computer-mediated intervention for FL learners with dyslexia. Studies in Second Language Learning and Teaching, 5(1), 109-133. DOI: 10.14746/ssllt.2015.5.1.6. http://www.ssllt.amu.edu.pl

Ratner, F. L., Efimova, V. L., & Efimov, O. I. (2015). Integration of the InTime Technique in the Neurodynamic Program of Assistance to Children with Learning Disabilities. International Education Studies, 8(8), 210. http://dx.doi.org/10.5539/ies.v8n8p210

Sampaio, S., & Freitas, I. B. (2014). Transtornos de dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais (2ª ed.). Wak Editora.

Snowling, M., & Stackhouse, J. (2007). Dislexia, Fala e Linguagem (2ª ed.). Artmed.

Soto-Pérez, F., Franco Martín, M., & Jiménez Gómez, F. (2010). Tecnologías y neuropsicología: Hacia uma ciber–neuropsicología. Cuadernos de Neuropsicología / Panamerican Journal of Neuropsychology, 49(2), 112-130. http://www.cnps.cl

Thompson, R., Tanimoto, S., Lyman, R. D., Geselowitz, K., Begay, K. K., Nielsen, K., Nagy, W., Abbott, R., Raskind, M., & Berninger, V. (2018). Effective instruction for persisting dyslexia in upper grades: Adding hope stories and computer coding to explicit literacy instruction. Education and Information Technologies, 23(3), 1043-4068. https://doi.org/10.1007/s10639-017-9647-5

Tsesmeli, S. N., & Tsirozi, T. (2015). Teaching compound words to a spelling-disabled child via Smart Notebook Technology: a case study approach. Themes in Science and Technology Education, 8(1), 33-45. http://earthlab.uoi.gr/thete/index.php/theste

Uehara, E., & Woodruff, E. (2016). Treino cognitivo informatizado. In L. F. Malloy-Diniz, P. Mattos, N. Abreu, & D. Fuentes (Orgs.), Neuropsicologia: Aplicações clínicas (p. 380-391). Editora Artmed.

Downloads

Publicado

2025-08-15

Como Citar

Costa, R. J. M., & Pires, E. U. (2025). O uso de tecnologias no transtorno específico de aprendizagem. Revista Psicopedagogia, 42(128), 355–372. https://doi.org/10.51207/2179-4057.20250025

Edição

Seção

Artigo de Revisão