O uso de tecnologias no transtorno específico de aprendizagem
DOI:
https://doi.org/10.51207/2179-4057.20250025Palavras-chave:
Intervenção, Dislexia, Tecnologia Computacional, NeurociênciaResumo
O Transtorno Específico de Aprendizagem possui origem neurobiológica, caracterizada, principalmente, por dificuldade no reconhecimento da palavra, na habilidade de decodificação e soletração. O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão sistemática dos estudos sobre intervenções em crianças e adolescentes com dificuldades de aprendizagem que utilizam tecnologia computacional disponibilizados nos últimos dez anos nas bases de dados SciELO, PePSIC-BVS, APA, ERIC e Medline/PubMed. Conforme a metodologia PRISMA, a partir dos critérios de inclusão/exclusão foram selecionados e analisados 13 artigos. Nos estudos selecionados, apenas crianças e adolescentes entre 6 e 12 anos participaram das pesquisas, variando de um até 600 participantes. Englobavam o treinamento de deficiências na leitura, como compreensão e precisão, reconhecimento de grafemas e fonemas, e ortografia, com sessões que variavam de um a três meses. Nenhum estudo contemplou estratégias de transferência e generalização da habilidade, e apenas três realizaram acompanhamento (follow-up). No entanto, todos os estudos revisados demonstraram resultados positivos nas intervenções em Transtornos Específicos de Aprendizagem, seja com desenvolvimento típico ou atípico. Deste modo, os treinos em crianças e adolescentes com Transtornos do Neurodesenvolvimento se mostraram particularmente interessantes para o avanço do aluno em sua vida acadêmica e cotidiana.
Downloads
Referências
APA/DSM. (1995). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM-IV (4ª ed.). Artes Médicas.
APA/DSM. (2014). American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais – DSM-V (5ª ed.). Artmed.
American Psychological Association (APA). (2011). Guidelines for Assessment of and Intervention with Persons with Disabilities. American Psychologist, 67(1), 43-62. http://dx.doi.org/10.1037/a0025892
Capellini, S. A., Oliveira, A. M., & Pinheiro, F. H. (2011). Eficácia do programa de remediação metafonológica e de leitura para escolares com dificuldades de aprendizagem. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, 16(2), 189-197.
Catania, A. C. (1999). Apredizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição (4a ed., D. G. Souza, Trad.). Artes Médicas Sul.
Chiang, H. Y., & Liu, C. H. (2011). Evaluation of the benefits of assistive reading software: perceptions of high school students with learning disabilities. Assistive Technology: the Official Journal of RESNA, 23(4), 199-204. http://dx.doi.org/10.1080/10400435.2011.614673
Cortese, S., Ferrin, M., Brandeis, D., Buitelaar, J., Daley, D., Dittmann, R. W., Holtmann, M., Santosh, P., Stevenson, J., Stringaris, A., Zuddas, A., Sonuga-Barke, E. J., & European ADHD Guidelines Group (EAGG) (2015). Cognitive training for attention-deficit/hyperactivity disorder: meta-analysis of clinical and neuropsychological outcomes from randomized controlled trials. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 54(3), 164-174. https://doi.org/10.1016/j.jaac.2014.12.010
El Kah, A., & Lakhouaja, A. (2018). Developing effective educative games for Arabic children primarily dyslexics. Education and Information Technologies, 23(6), 2911-2930. https://doi.org/10.1007/s10639-018-9750-2
Eren, B. (2017). Music and Dyslexia: The Therapeutic Use of Instrument (Piano) Training with a Child with Dyslexia (A Case Study). Journal of Education and Practice, 8(23), 97-108. http://www.iiste.org
Pfenninger, S. E. (2015). MSL in the digital ages: Effects and effectiveness of computer-mediated intervention for FL learners with dyslexia. Studies in Second Language Learning and Teaching, 5(1), 109-133. DOI: 10.14746/ssllt.2015.5.1.6. http://www.ssllt.amu.edu.pl
Ratner, F. L., Efimova, V. L., & Efimov, O. I. (2015). Integration of the InTime Technique in the Neurodynamic Program of Assistance to Children with Learning Disabilities. International Education Studies, 8(8), 210. http://dx.doi.org/10.5539/ies.v8n8p210
Sampaio, S., & Freitas, I. B. (2014). Transtornos de dificuldades de aprendizagem: entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais (2ª ed.). Wak Editora.
Snowling, M., & Stackhouse, J. (2007). Dislexia, Fala e Linguagem (2ª ed.). Artmed.
Soto-Pérez, F., Franco Martín, M., & Jiménez Gómez, F. (2010). Tecnologías y neuropsicología: Hacia uma ciber–neuropsicología. Cuadernos de Neuropsicología / Panamerican Journal of Neuropsychology, 49(2), 112-130. http://www.cnps.cl
Thompson, R., Tanimoto, S., Lyman, R. D., Geselowitz, K., Begay, K. K., Nielsen, K., Nagy, W., Abbott, R., Raskind, M., & Berninger, V. (2018). Effective instruction for persisting dyslexia in upper grades: Adding hope stories and computer coding to explicit literacy instruction. Education and Information Technologies, 23(3), 1043-4068. https://doi.org/10.1007/s10639-017-9647-5
Tsesmeli, S. N., & Tsirozi, T. (2015). Teaching compound words to a spelling-disabled child via Smart Notebook Technology: a case study approach. Themes in Science and Technology Education, 8(1), 33-45. http://earthlab.uoi.gr/thete/index.php/theste
Uehara, E., & Woodruff, E. (2016). Treino cognitivo informatizado. In L. F. Malloy-Diniz, P. Mattos, N. Abreu, & D. Fuentes (Orgs.), Neuropsicologia: Aplicações clínicas (p. 380-391). Editora Artmed.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Raimundo José Macário Costa, Emmy Uehara Pires

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.










